Ver-me por fora é diferente da visão que tenho de dentro. Às vezes o meu corpo parece conspirar com o meu estado de alma, outras são as vezes que se separam por uma infinitude de diferenças. Os outros reconhecem-me pela cara eu reconheço-me pelo que sou e sinto, um retrato neuronal e emocional que mais ninguém vê e que é meu em exclusivo.
Como seria se não existissem espelhos, fotografias, ou qualquer material reflector que nos permitisse conhecer o nosso lado de fora? Seriamos um significado sem significante? Extrapolariamos a nossa imagem pelas feições dos que nos são próximos?
Seria um acto de pura imaginação e projecção de expectativas, quase como um conhecimento virtual. Seria no mínimo estranho, tal como estranha me sinto tantas vezes.
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