Está tudo tão invertido. Todas as coisas sem sentido. O que deveria ser a estabilidade das horas, são momentos nos meus dias. O que deveriam ser actos fugazes são ideias persistentes.
Mudará alguma vez para o plano de outrora? Voltarei a sentir a tranquilidade consistente ou não sairei da insatisfação permanente?
Quero acreditar que está tudo invertido mas não prevertido para todo o sempre, que os momentos voltarão a ser sentidos para além de vividos. Tem de ser, assim como está não faz sentido. É como se o belo não pudesse ser visto e o banal estivesse sempre escrito em letras garrafais.
Quero aniquilar este eu que não é meu, nem emprestado, nem dado, nem oferecido, apareceu porque simplesmente está tudo invertido.
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